'Tudo indica que ele não chegou ao carro', diz diretora do DHPP sobre empresário encontrado morto em buraco no autódromo de SP
16/06/2025
(Foto: Reprodução) Investigação aposta agora em imagens de câmeras mesmo que distantes do local da ocorrência para desvendar o caso. Polícia colhe novos depoimentos sobre morte de empresário em Interlagos
A Polícia Civil concluiu que dificilmente o empresário encontrado morto em um buraco de obra no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo, chegou ao seu veículo.
"Tudo indica que ele não chegou ao carro", afirma a diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de SP, Ivalda Aleixo. "Esse sangue aí [encontrado dentro do veículo] foi bem antes de tudo o que aconteceu."
Ivalda diz ainda ser "estranho" a chave do veículo estar no bolso da jaqueta que Adalberto usava — e que foi encontrada com o corpo no buraco. "A pessoa, ou as pessoas que fizeram [que o atacaram] podiam ter levado o carro, se quisessem, ou podiam ter deixado ele dentro do carro."
Pelos indícios, a polícia descarta a hipótese de roubo. Para o esclarecimento do episódio, a diretora do DHPP diz que o foco agora está em "imagens, ainda que distantes, como foi no caso da Bruna [Oliveira da Silva, aluna da Universidade de São Paulo morta em abril] ". "Foi assim que conseguimos saber o momento em que ela foi abordada e, depois, quando é subjugada. É uma imagem ruim, muito distante, e é isso que estamos tentando [no caso do autódromo]."
Os resultados de exames que ainda estão sendo aguardados incluem laudos toxicológico e necroscópico e a análise de DNA do sangue encontrado no veículo. Os peritos também coletaram amostras de órgãos como coração, pulmão, fígado e rins.
Também foi feita uma verificação sob as unhas de Adalberto Amarilio Junior, para avaliar a presença de material humano e apurar se houve eventual luta corporal antes da morte.
Na sexta (13), Rafael Aliste, amigo do empresário, prestou um novo depoimento à Polícia Civil. Ele foi a última pessoa vista publicamente com Adalberto no autódromo. Depois de depor, Rafael foi embora sem falar com a imprensa.
Empresário teria parado carro em área proibida
No dia da morte, Adalberto parou o automóvel em uma área fechada ao público, segundo apuração da TV Globo com a polícia e a organização do evento de motos que acontecia ali.
A hipótese mais provável para a polícia é a de que ele teria parado irregularmente no kartódromo para não pagar o estacionamento oficial do evento. O empresário já conhecia bem o local, até por ser piloto de kart.
A principal linha dos investigadores é a de que, após o evento, Adalberto tenha sofrido uma compressão torácica em uma briga com alguém ao tentar cortar caminho para chegar onde estava o seu carro.
De acordo com o primeiro depoimento do amigo que estava com ele no evento, o empresário foi visto pela última vez na noite do dia 30 de maio ao se despedirem e ele dizer que iria buscar o carro.
O empresário também mandou uma mensagem para a mulher dizendo que iria jantar em casa. O mistério do caso está no que aconteceu depois que Adalberto se despediu do amigo.
O empresário Adalberto Amarilio Junior foi encontrado morto em um buraco no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo.
Reprodução/TV Globo
Corpo de empresário foi encontrado em buraco no Autódromo de Interlagos.
Reprodução
Empresário Adalberto e a esposa Fernanda estavam casados há 8 anos.
Reprodução/Redes sociais