Motorista embriagada que matou corredor atropelado é indiciada por homicídio e outros dois crimes

  • 18/06/2025
(Foto: Reprodução)
Jully Gabriella Passos Mota, de 26 anos, era investigada por homicídio doloso, quando há a intenção de matar. Após a conclusão das investigações, ela foi indiciada por homicídio com dolo eventual, quando o condutor não tem a intenção, mas assume o risco de matar. Engenheiro de produção José Francisco Gomes, de 49 anos, foi atropelado quando fazia um treino de corrida. Arquivo pessoal A propagandista médica Jully Gabriella Passos Mota, de 26 anos, foi indiciada por homicídio com dolo eventual, pela morte do atleta José Francisco Gomes, conhecido como Ferrinho, de 49 anos. Ela também foi indiciada por não prestar socorro e fugir do local do acidente para tentar escapar da responsabilidade. O resultado do inquérito foi divulgado pela Polícia Civil nesta quarta-feira (18). ✅ Receba as notícias do g1 Roraima no WhatsApp O acidente aconteceu no dia 29 de março na região do Bom Intento, quando o engenheiro e outros atletas do grupo Runners Team faziam um treino na estrada. A esposa dele e outro casal, de 43 e 38 anos, também ficaram feridos. A motorista estava embriagada no momento do acidente. O g1 tenta contato com a defesa da jovem. Inicialmente, ela era investigada por homicídio doloso, quando há a intenção de matar. Com a conclusão das investigações, ela foi indiciada por homicídio com dolo eventual, quando o condutor não tem a intenção, mas assume o risco de matar ao dirigir depois de beber. 🔎 O que é indiciar? É um procedimento que ocorre quando a polícia, com base na investigação, conclui que há indícios de crime e associa a uma pessoa. Depois disso, o caso vai ao Ministério Público, que envia à Justiça. Jully chegou a dizer que "não daria em nada" e que "aguardaria o pagamento da fiança para ser liberada". Ela foi presa, mas foi solta pela Justiça na audiência de custódia, sem pagar fiança, no dia seguinte. No dia do acidente, ela apresentava sinais visíveis de embriaguez e se recusou a realizar o teste do bafômetro em duas tentativas feitas pela Guarda Civil Municipal (GCM). A perícia feita pela Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida da Polícia Civil foi fundamental para esclarecer os fatos, segundo o delegado Tiago Porto, responsável pelo caso. “As provas apontam que a condutora assumiu conscientemente o risco de provocar o resultado morte. A investigação técnica confirmou a dinâmica do atropelamento e a gravidade das lesões, reforçando a configuração do dolo eventual”, afirmou o delegado. As vítimas do acidente estavam em pequenos grupos, fora da pista de rolamento, utilizando a faixa lateral de asfalto e piçarra, devido à ausência de acostamento, segundo a Polícia Civil. Testemunhas relataram que ela estava em alta velocidade e dirigindo de forma descontrolada. Em abril, quando a Polícia Civil passou a investigar o caso como homicídio após a morte do corredor, a defesa de Jully chegou a dizer que o caso deveria servir de "alerta à todos os praticantes da modalidade de 'corrida de rua', que evitem praticar este esporte em BRs ou RRs, pois o fluxo de carros, ônibus e caminhões é intenso, ainda mas em vias onde não existe acostamento ou faixas destinadas para tal prática" Ferrinho, como era conhecido, deixou esposa e quatro filhos. O engenheiro, que também era dono de uma metalúrgica e administrador, sofreu uma forte pancada na cabeça, foi levado inconsciente para o Hospital Geral de Roraima, passou por cirurgia e foi internado na UTI. LEIA MAIS: Quatro corredores ficam feridos após serem atropelados por motorista embriagada em Boa Vista Motorista que atropelou corredores e disse que 'não daria em nada' é solta pela Justiça sem fiança Engenheiro atropelado por motorista embriagada segue em coma induzido na UTI em RR Engenheiro atropelado por motorista embriagada morre após um mês internado Defesa de motorista bêbada que matou engenheiro diz para atletas evitarem treinar às margens de estradas: 'Sirva de alerta' Quando estava internado e em coma induzido, a esposa dele, Jeyssiane Gabriella Monteiro, de 25 anos, chegou a conversar com o g1. Ela disse que a liberação da motorista causou um sentimento de revolta, angústia e tristeza nas famílias das vítimas. "Um sentimento de revolta, de angústia, de tristeza, porque ela vai continuar com a vida dela normal enquanto nós tivemos nossas vidas modificadas, dilaceradas. Não vai ser, não vai voltar ao normal, não vai ser mais normal", disse Jeyssiane. Homenagem ao corredor Ferrinho: centenas de pessoas participam de caminhada pacífica Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

FONTE: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2025/06/18/motorista-embriagada-que-matou-corredor-atropelado-e-indiciada-por-homicidio-e-outros-dois-crimes.ghtml


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